Para entender
o recorte, é útil ter uma compreensão básica dos sistemas eletrônicos nos quais o sinal de áudio viaja.
Uma vez que os sinais acústicos são convertidos em um sinal eletrônico (através de um microfone ou captador de instrumentos), uma tensão CA torna-se uma representação do áudio.
Para aumentar o volume da saída de áudio, a tensão deste sinal CA deve ser aumentada. E para isso, utilizamos amplificadores que empregam dispositivos que servem para aumentar o ganho.
Mas espere! Existem limitações para a amplitude do sinal pode viajar conforme definido pela fonte de energia.
Esses limites são conhecidos como trilhos de tensão (representados pelas linhas verdes pontilhadas no diagrama a seguir). E você consegue adivinhar o que acontece quando o sinal ultrapassa esses limites?
Isso mesmo, é aí que acontece o recorte.
Há duas ondas senoidais no diagrama. A onda senoidal superior permanece dentro desses limites, enquanto a onda senoidal inferior excede essa limitação. As linhas azuis achatadas são os resultados do sinal sendo “cortado”. É essencial que um engenheiro de som ao vivo defina o sistema de som de forma a evitar o recorte,
porque uma falha em fazê-lo pode causar danos aos alto-falantes.
Quando um sinal atinge o ponto de recorte, os cones do alto-falante não se movem, pois o sinal cortado é essencialmente um sinal DC pela duração em que excede os limites do trilho de tensão.
Isso faz com que toda a energia do amplificador seja usada para aquecer as bobinas de voz em vez de produzir som. Em outras palavras, durante os momentos em que o sinal é achatado, um alto-falante é 100% eficiente na conversão de energia em calor.
Fatos sobre clipping: